O preço do petróleo Brent alcançou nesta segunda-feira (24) seu nível mais alto em quatro anos, após a decisão da Opep e de seus sócios de não aumentar a produção apesar das pressões de Donald Trump. A cotação do Brent do Mar do Norte subiu US$ 2,40, ou 3,1%, a US$ 81,20 o barril, depois de chegar na máxima a US$ 81,39, segundo a agência Reuters. O petróleo dos EUA (WTI) teve alta de US$ 1,30, ou 1,8%, a US$ 72,08 o barril. “Esta é a resposta do mercado de petróleo à recusa da Opep e aliados de aumentar sua produção de petróleo”, disse Carsten Fritsch, analista de commodities do Commerzbank.
Na véspera, a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e a Rússia descartaram a possibilidade de aumento na produção de petróleo bruto. Apesar da elevação, o preço do barril do Brent ainda está longe de sua máxima histórica. Em julho de 2008, o barril chegou a ser negociado a US$ 145,61. O barril do petróleo Brent chegou a US$ 80 neste mês, levando Trump a reiterar na quinta-feira (20) seu pedido para que a Opep baixasse os preços. A alta das cotações foi contida principalmente por uma queda nas exportações do Irã, membro da Opep, devido ao restabelecimento de sanções dos EUA. “Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós e, ainda assim, eles continuam incentivando preços cada vez mais altos para o petróleo. Nós lembraremos disso. O monopólio da Opep deve baixar os preços agora!”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.
O ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih disse que a Arábia Saudita tinha capacidade para aumentar a produção de petróleo, mas que a medida não seria necessária no momento. “A minha informação é que os mercados estão sendo adequadamente abastecidos. Não sei de nenhuma refinaria no mundo que esteja precisando de petróleo e não esteja conseguindo”, afirmou. A alta do petróleo também tem sido sustentada pela perspectiva de menores exportações do Irã, terceiro maior produtor da Opep, devido a sanções dos EUA.
G1