O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) divulgou nesta terça-feira (2) que denunciou Adélio Bispo de Oliveira por “praticar atentado pessoal por inconformismo político” contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. A denúncia foi encaminhada para a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG). O G1 enviou questionamentos à Justiça Federal e a defesa de Adélio Bispo e aguarda retorno. Para o procurador da República, Marcelo Borges de Mattos Medina, o denunciado “perpetrou a conduta por motivação política e com o objetivo de excluir a vítima da disputa eleitoral. Como consequência, lesionou o regime representativo e democrático”.
O documento assinado nesta segunda-feira (1º) com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional requer que “seja recebida a denúncia, instaurando-se processo penal, com a citação do denunciado”. Também pediu a intimação de oito testemunhas, que tiveram as identidades preservadas pelo MPF, para serem ouvidas. Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave. Ele foi preso logo após o ataque e transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS). Na última sexta-feira (28), a Polícia Federal concluiu a investigação do ataque e indiciou Adélio Bispo de Oliveira por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Um segundo inquérito foi aberto para dar continuidade às apurações.
Nesta segunda (1º), a defesa de Adélio Bispo de Oliveira protocolou na 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG) o resultado do exame particular para solicitar um novo pedido de avaliação de sanidade mental. O parecer psiquiátrico pedido pelos advogados apontou que o agressor sofre de transtorno delirante grave. O atentado ocorreu durante um ato da campanha do candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro, quando o denunciado, se passando por apoiador, gritando palavras favoráveis e insistindo em tirar uma foto com o candidato, deu uma facada no abdômen do candidato.
Motivação política, diz MPF
De acordo com a denúncia, o Ministério Público Federal considerou “clara a motivação política do ato de Adélio, pois seu histórico de militância demonstra que já tinha sido filiado a partido político por sete anos, período em tentou sair candidato a deputado federal”. O MPF também considerou que as postagens nas redes sociais, ele qualificava políticos como “inúteis” e pedia a renúncia do atual presidente da República, dentre outras publicaçõs em tom de protesto, em particular contra a vítima.
Por Paraíba Master com G1