O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar nesta segunda-feira (12) o empresário Joesley Batista, da J&F, e os demais presos na Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (9). A Capitu, desdobramento da Lava Jato, investiga suspeita de que a JBS, do grupo J&F, pagou propina para políticos do MDB em troca de medidas a seu favor no Ministério da Agricultura em 2014 e 2015. Ao todo, 18 pessoas foram presas.
Ao conceder a liberdade aos presos, o ministro Cordeiro atendeu pedido da defesa de Joesley para estender a eles os efeitos de uma decisão que, no domingo (11), já havia soltado o ex-secretário de Defesa Agropecuária Rodrigo Figueiredo, também preso na operação. Mais cedo nesta segunda foi solto, também por determinação do STJ, o ex-ministro da Agricultura Neri Geller.
Na decisão, Cordeiro disse que os fatos atribuídos aos delatores são antigos e não justificariam as prisões. Ele também considerou que a investigação não está sob risco e que, por isso, as prisões seriam ilegais nesta fase.
A Operação Capitu se baseou na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Em sua delação, Funaro disse que a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, deu R$ 30 milhões para o MDB, sendo R$ 15 milhões para a Executiva Nacional e mais R$ 15 milhões para o diretório em Minas. O esquema, segundo as investigações, operou entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015.
Fonte: G1.
Com Paraíba Master.