A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), na manhã desta quinta-feira (29), no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense.
Segundo a PGR, a ação que acontece nesta quinta-feira (29) é recorrente dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Resultados de petição apresentada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao relator do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Félix Fisher.
30 mandados de busca e apreensão estão sendo feitos pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, Piraí, Juiz de Fora, Volta Redonda e Niterói. O ministro Felix Fischer, autorizou além das prisões, buscas e apreensões em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas, bem como o seqüestro de bens dos envolvidos até o valor de R$ 39,1 milhões.
A procuradora Raquel Dodge afirmou que ficou “demonstrado ainda que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”. As conclusões se sustentam em informações decorrentes de uma colaboração premiada homologada no Supremo Tribunal Federal e documentos apreendidos na residência de um dos investigados na Operação Calicute.
A partir daí foram realizadas diligências que permitiram aos investigadores complementarem as provas. Foram analisadas provas documentais como dados bancários, telefônicos e fiscais.
Na petição enviada ao STJ, a procuradora-geral explicou que a análise do material revelou que o governador Pezão e assessores integraram a operação da organização criminosa de Sérgio Cabral (preso há mais de dois anos e já condenado judicialmente) e que o atual governador sucedeu Cabral na liderança do esquema criminoso.
Segundo a procuradora, cabia a Pezão dar suporte político aos demais membros da organização que estão abaixo dele na estrutura do poder público. De acordo com Dodge, Pezão recebeu “valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem”.
Novos desdobramentos serão atualizados por Raquel Dodge e outros integrantes da equipe, em entrevista coletiva às 9h, na Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
POR: PARAÍBA MASTER, COM INFORMAÇÕES DE AGÊNCIA BRASIL