O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou nesta segunda-feira (7) que assume o comando do maior banco público do país livre de “interferências políticas”. Ao discursar na cerimônia de transmissão de cargo na qual recebeu a presidência do BB, Novaes anunciou que pretende vender “alguns ativos” da instituição, mas não venderá o que classificou de “joias da coroa”.
Ao discursar na solenidade, ele afirmou que empresas de capital aberto e controle da União – como o Banco do Brasil – nem sempre mantiveram uma boa relação entre os acionistas privados e o controlador. “Esse é o drama de todas as empresas estatais de capital aberto, uma anomalia. Subordina administradores a dois patrões que raramente comungam de objetivos comuns. Estou livre deste drama, pois o mandato que recebo é plenamente compatível com o interesse de [acionistas] minoritários”, declarou Novaes.
O novo dirigente do Banco do Brasil afirmou ainda que a nova administração da instituição pública não pretender “vender as joias da coroa, deixando-o fragilizado”, mas admitiu que pretende vender “alguns ativos”. Elel não citou quais ativos da instituição financeira podem ser vendidos ao setor privado. Após a cerimônia, em entrevista coletiva, porém, ele disse que a administração de fundos, os meios de pagamento, a parte de seguridade e de crédito para pessoa física e pequenas e medias empresas, são as áreas mais rentáveis, consideradas como as “joias da coroa”.
Aos jornalistas, o novo presidente do BB também afirmou que não há intenção de reduzir o crédito rural, mas acrescentou que há uma posição do governo eleito de dar menos subsídios, por meio de juros baixos ao setor agrícola, e mais apoio por meio do seguro agrícola.
Fonte: G1.