O presidente Jair Bolsonaro deve optar por uma reforma da Previdência que estabeleça uma “transição bastante suave” para o trabalhador brasileiro e “sem um choque” para a sociedade. Quem faz a avaliação é o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que às vésperas da primeira viagem internacional do novo governo conversou com o Estado sobre os planos do governo, a mensagem que o Planalto quer passar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, além de explicar parte da estratégia internacional do País.
Onyx não fará parte da delegação, mas aposta em uma definição final da reforma da Previdência assim que Bolsonaro retornar de Davos. Para ele, a Previdência hoje no Brasil é “um navio que está com o casco furado”.
O presidente, segundo ele, recebeu uma primeira versão do projeto de reforma nessa quinta-feira, com opções que terão agora de ser avaliadas. Depois de consultas em Davos, ele tomará sua decisão sobre o modelo de previdência no País.
O ministro também garantiu que não existe qualquer possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela, estipulou que tipo de relação quer ter com a China e insinuou que a mudança da embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém ainda está em exame.
Sobre a imagem que Bolsonaro quer passar de seu governo ao mundo, Onyx deixa claro que o tom será o de respeito à Constituição e ao Estado de Direito, uma forma de dar garantias a uma comunidade internacional ainda cética em relação às posturas do novo governo em assuntos ambientais e direitos humanos.
Fonte: Estadão