Convocados por ao menos três entidades do movimento estudantil, alunos de todo o país retomam hoje as manifestações contra os congelamentos na educação, sob acusação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que há “coação” por parte de professores pela participação nos atos.
“Estamos recebendo aqui no MEC (Ministério da Educação) cartas e mensagens de muitos pais de alunos citando explicitamente que alguns professores, funcionários públicos, estão coagindo os alunos e que serão punidos de alguma forma caso eles não participem das manifestações”, declarou. A fala foi divulgada pelo ministro na noite de ontem, na véspera dos protestos, nas redes sociais.
Convocados pela UNE (União Nacional dos Estudantes), pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e pela ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos), as manifestações se espalharam, a exemplo das que ocorreram há quatro dias em apoio ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), pelas redes sociais. Até a última noite, no Facebook, havia eventos com mais de 10 mil pessoas que se marcaram como “confirmadas” em ao menos quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.