O risco-país do Brasil caiu nessa quarta-feira (30) ao menor nível desde maio de 2013. Um mês antes daquela data, o país ainda tinha o chamado “grau de investimento”. Esta foi a 15ª queda seguida, a maior sequência já registrada, que é embalada pela aprovação da reforma da Previdência e pelo cenário de queda de juros. O risco-país é medido pelo CDS (Credit Default Swap ), contrato que equivale a um seguro contra eventual calote do país. Nesta terça, o papel encerrou aos 117 pontos, menor patamar desde 13 de maio. Quanto mais baixo for o CDS de um país, mais segurança os investidores enxergam nela.
Já o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 5,5% para 5% ao ano, em meio a um quadro de fraqueza na economia e baixa inflação. Com isso, a Selic atinge uma nova mínima histórica (o Copom foi criado em 1996). A decisão foi unânime e veio dentro do esperado por todos os analistas consultados pelas agências de notícias Reuters e Estadão Conteúdo.
Quanto à inflação, analistas do mercado financeiro reduziram as expectativas de inflação para 2019 e 2020. A estimativa de inflação para este ano caiu de 3,43% para 3,42%. Foi a nona queda consecutiva nesse indicador.
De acordo com o Ministro da Economia Paulo Guedes, a economia brasileira apresenta crescimento e deve ter um ritmo acelerado ainda este ano e o próximo ano. “O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar entre 2% e 2,5% em 2020, mais do que o dobro da taxa a ser observada em 2019”, afirmou.
Ao mesmo tempo, a taxa neutra de juros da economia brasileira, que permite que a atividade cresça sem pressionar a inflação, também é mais baixa do que no passado recente, o que, por consequência, reduz as despesas do governo com os juros da dívida, acrescentou o ministro.
A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre móvel encerrado em setembro em 11,8%, uma leve queda em relação tanto ao trimestre anterior, finalizado em junho, quando 12% da população estavam sem trabalho, quanto ao trimestre que acabou em setembro do ano passado (11,9%), são dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o risco-país caindo, os juros baixando, a inflação em equilíbrio e redução e o PIB em crescimento há chances de aumentar o número de empregos no Brasil e que os investidores possam acreditar na economia do Brasil.
Por Paraíba Master