As seis empresas com testes rápidos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esperam vender, inicialmente, 640 mil kits no Brasil. Entretanto, a entrega para o governo ou outros eventuais compradores ainda não tem data prevista.
Apesar delas já trabalharem com previsão de quantidade de kits a ser produzida, a maioria das empresas aponta que a entrega desses itens depende antes da importação de material da China para produção dos testes em fábricas no Brasil.
O que se sabe sobre os testes aprovados:
- A Celer fez um pedido inicial de matéria-prima para 20 mil kits. O material será importado da China. O resultado deverá ser feito por meio de coleta de sangue (10 microlitros) em laboratório. O teste detecta a liberação dos anticorpos IgM e IgG, da fase aguda (a partir de 4º – 5º dias) e crônica (a partir de 13º-14º dias) da doença. O diagnóstico é feito em 15 minutos.
- A Biocon entrou com uma compra de 200 mil unidades importadas da China. O teste é similar ao aplicado pela Celer e o resultado também fica disponível em 15 minutos.
- Única a aprovar três produtos, a Eco Diagnóstica importa todo o material da Coreia. A empresa também irá disponibilizar o teste de detecção dos anticorpos, mas chama a atenção para o teste de fluorescência, que já é possível detectar a partir do 2º e 3º dia de infecção. A coleta do material no paciente é por meio da passagem de um cotonete nas vias respiratórias. O terceiro teste aprovado ainda está com alguns processos em finalização e deve demorar um pouco mais para entrar no mercado. A ideia é trazer 50 mil do tipo IgM e IgG e mais 100 mil do kit de fluorescência.
- A Medlevensohn diz ter feito um pedido inicial de 200 mil testes e tem um teste feito com um furo no dedo, como na medição de glicose da diabetes. O sangue é espalhado em uma tira, com um resultado de 10 a 15 minutos.
- A Ebram tem capacidade de produzir 70 mil testes e também apresenta testes do tipo IgM e IgG. As amostras podem ser de soro, plasma ou sangue.
- A QR Consulting não quis falar ainda em quantidade de testes e também apresenta um kit com detecção de anticorpos.
Algumas das empresas ouvidas pelo G1 apontam a alta do dólar e a redução dos trechos dos aviões cargueiros como um possível impedimento para a chegada da matéria-prima nos próximos meses. As companhias fazem a finalização dos produtos em fábricas no Brasil.
Por Paraíba Master com G1