A equipe econômica voltou a fazer um apelo nesta quinta-feira (16) para que o projeto de lei 873, que amplia a concessão de benefícios em meio à pandemia do coronavírus, não seja integralmente aprovado na Câmara dos Deputados sob o risco de impactar as contas públicas em pelo menos 134 bilhões de reais. O PL já foi aprovado no Senado e a perspectiva dada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é que seja apreciado nesta tarde na Casa.
Em pronunciamento transmitido virtualmente, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ressaltou que a criação do Programa Auxílio Emprego, prevista no projeto, sombreia iniciativa já anunciada pelo governo, de compensação a trabalhadores que tiverem jornada e salário reduzidos ou contratos de trabalho suspensos.
Só nessa frente, o impacto será de 114 bilhões “no mínimo”, segundo Bianco, que destacou ainda o fato de o auxílio não ser focado, permitindo seu direcionamento a trabalhadores que ganham muito. Ele também criticou a alteração do critério para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) prevista no PL 873, que ampliaria a base de pessoas contempladas em caráter permanente. Bianco argumentou que essa mudança necessariamente levaria a equipe econômica a sugerir ao presidente Jair Bolsonaro que vetasse o PL.