A quarentena e o isolamento social parece estar chegando ao fim em alguns estados do Brasil. Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, já começaram a afrouxar as medidas restritivas de enfrentamento ao novo coronavírus. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), defendeu ontem (21), a reativação gradual da atividade econômica no território mineiro. Ele destacou que “não é favorável a dar o mesmo remédio na mesma dose para pacientes diferentes”.
Zema explica que a população do estado não se concentra apenas nas grandes cidades, existem cidades com 10 mil habitantes e apenas um caso de coronavírus registrado. Ele passou a responsabilidade da quarentena para os prefeitos, e pelo menos 150 municípios já retomaram as atividades comerciais no estado.
No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB), acatou o pedido dos prefeitos e flexibilizou a reabertura do comércio nas 14 cidades integrantes da Região Metropolitana da Serra Gaúcha. No entanto, a reabertura do comércio deveria seguir algumas especificações, e deve obedecer a uma série de 22 itens que regulamenta o funcionamento das lojas.
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM), disse que a situação “está melhor do que o esperado”. Ele recomendou que as pessoas continuem em suas casas, mas anunciou um novo decreto na segunda-feira (20), liberando o funcionamento de salões de beleza, concessionárias de veículos, setor da construção civil, lavanderias e barbearias. A imposição é de que os estabelecimentos sejam reabertos com 50% da capacidade de funcionamento.
“Existe uma projeção de como vamos sair da quarentena e do isolamento social. A saída não é abrupta. Seguirá o curso de uma curva projetada para não perdermos o atendimento e a força de trabalho para ajudar as pessoas”, destacou.
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu liberar o funcionamento de todo o comércio e indústria – exceto bares, restaurantes e academias – a partir de 3 de maio. Rocha tem dialogado inclusive com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que propôs na última segunda-feira (20), a reabertura de colégios cívico-militares no Distrito, já na próxima segunda-feira. A medida ainda está em discussão.
O governador disse que pretende testar entre 10% e 15% da população e que, mesmo com a reabertura das lojas, apenas cerca de 600 mil pessoas devem voltar às ruas da capital, metade dos 1,2 milhão registrados antes do isolamento.
“Nós não vamos retomar tudo de uma vez. Quando você coloca, por exemplo, que vai retomar uma atividade de comércio, as pessoas não vão sair amanhã aos shoppings como faziam antigamente. Tenho certeza que os empresários vão chamar por grupo de funcionários até que as atividades estejam realmente retomadas com segurança para a população”, disse.
Por Paraíba Master