Por maioria, o Superior Tribunal de Justiça decidiu nesta quarta-feira (27) pela não-federalização do Caso Marielle Franco. O assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, seguirá nas mãos da Justiça do Rio de Janeiro. A família de Marielle Franco tinha temor de que o caso, se fosse à Justiça Federal, tivesse a interferência do presidente Jair Bolsonaro e sua família, adversários políticos da vereadora.
“A gravidade do crime é inquestionável, mas o episódio chama a atenção e esmorece o pedido de federalização do caso. O contexto sugere que o trabalho investigatório das autoridades locais não está sendo obstado pela atuação desses grupos, nem está limitado para quem quer que seja”, votou a relatora do caso, ministra Laurita Vaz.
Os primeiros seis votos, dos ministros Laurita Vaz, Sebastião Reis, Jorge Mussi, Rogério Schietti, Reynaldo Fonseca e Ribeiro Dantas foram contra a federalização do caso, julgado pela Terceira Seção do STJ, que reúne os cinco ministros da Quinta Turma e os cinco ministros da Sexta Turma. A maioria seguiu voto da relatora Laurita Vaz, que não viu “inércia ou inação” das autoridades do Rio de Janeiro no caso.
Segundo os investigadores, a autoria do crime é do sargento reformado da PM Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio de Queiroz, presos desde o ano passado. O crime aconteceu no dia 14 de março de 2018, quando criminosos que estavam em um carro que emparelhou com o da vereadora e efetuaram vários disparos, que também mataram o motorista Anderson.
Por: Paraíba Master