O combate à pandemia do coronavírus (Covid-19) tem rendido diversas iniciativas importantes em toda a sociedade e, no sistema penitenciário estadual não poderia ser diferente. No Presídio Feminino de Patos, desde março já foram produzidas pelo menos 12.500 máscaras para auxiliar no combate à pandemia. De acordo com a diretoria do presídio, as apenadas que participam da produção das máscaras de tecido terão direito à remição da pena.
Para produzir as máscaras, as reeducandas atuam de segunda-feira a sábado, em média oito horas por dia. A diretora esclareceu, também, que o caso da remição da pena só será analisado pelo magistrado quando a apenada está em fase de progressão. De acordo com Cláudia Shimene, diretora do presídio, quatro apenadas estão trabalhando na confecção das máscaras, feitas com tecido TNT e de acordo com as indicações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É muito positivo o projeto que permite fabricar EPI’s na Penitenciária Feminina de Patos. Traz um ganho duplo para as internas, pois garante a ressocialização pela remição da pena por meio do trabalho e aumenta a autoestima destas mulheres, que contribuem para sociedade neste momento tão difícil”, destacou o juiz Diego Garcia Oliveira.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, mais de 100 mil máscaras foram confeccionadas pelas reeducandas do sistema prisional neste período da pandemia. Somente na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, que fica em João Pessoa, dez reeducandas já confeccionaram quase 50 mil máscaras, em pouco mais de dois meses.
O projeto “Castelo de Bonecas”, realizado pelas reeducandas da unidade prisional, foi transformado em uma fábrica de máscaras, conforme explicou a juíza auxiliar da VEP da Capital, Andreia Arcoverde. Para a magistrada, o resultado será bastante positivo e contribuirá para a ressocialização das apenadas.
Por: Paraíba Master