O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou a jornalistas, na manhã desta quinta-feira (28), que ninguém no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está pensando em intervenção militar. “Teve gente que disse que aquilo ali [nota do GSI sobre possível apreensão do celular de Bolsonaro] era um preâmbulo de uma intervenção militar, que agora virou moda”, disse Heleno na porta do Palácio do Alvorada, nesta quinta-feira (28).
“É uma coisa absurda. Ninguém está pensando nisso. Ninguém conversa sobre isso, ninguém pensa sobre isso. Vocês [a imprensa] estão fomentando tanto que vai vir uma geração de jovens com essa ideia na cabeça: que bacana é fazer intervenção militar.”
Heleno disse que a publicação da nota pelo GSI, que ele afirmou ter sido “absolutamente genérica” e “completamente neutra” foi necessária porque se não se manifestasse ia parecer que ele concordava com essa possibilidade. “Sou absolutamente contra, não pode nem ser ventilado isso.”
“O que está dito ali é que aquela atitude, independente de quem assinar, de quem tomar, não se justifica… que a maior autoridade do país tenha seu telefone celular apreendido a troco de coisas que não têm o menor sintoma de crime. Isso é uma agressão à normalidade institucional”, completou.
Sobre as manifestações que pedem a volta do regime militar ou uma intervenção militar, Heleno afirmou que as pessoas podem “falar o que quiser”. “Podem prever um regime soviético no Brasil. Então não tem nada a ver. A manifestação é livre, espontânea”, afirmou.
Equilíbrio entre os poderes
O ministro também falou que sua intenção nunca foi incendiar o cenário político em Brasília, especialmente porque o país vive uma crise e não se sabe exatamente quais serão as consequências do momento atual. E defendeu um equilíbrio entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
“Então vamos combinar que vamos manter o equilíbrio entre os poderes, limitar as decisões às atribuições dos respectivos poderes e sem ficar se pleiteando”, afirmou. É preciso que a coisas sejam dos dois lados, que seja buscado equilibro, bom senso, harmonia, respeito entre os poderes.”
Por: Paraíba Master com CNN