O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, admitiu neste domingo (14), em entrevista ao Estadão, adiar as eleições municipais de 2020 e realizar mudanças na forma de votação, como estender os horários e definições por faixa etária. Barroso será um dos entrevistados de um evento que terá como tema “E agora, Brasil? Alternativas para os múltiplos desafios” e apontará as saídas para a realização das eleições deste ano nos 5.570 municípios brasileiros.
Barroso afirmou que esteve em conversas com médicos de várias áreas nos últimos dias para ouvir suas opiniões sobre o adiamento das eleições e as medidas necessárias a serem tomadas. “Todos eles opinaram no sentido da conveniência de se adiarem as eleições por algumas semanas. Pela percepção que, possivelmente em setembro, a curva da doença já estaria decrescendo. Como a gente precisa programar isso com alguma antecedência, sugerimos adiar por algumas semanas. Mas a decisão é do Congresso. A sugestão do TSE é uma janela que vai de 15 de novembro até 20 de dezembro”, disse Barroso.
O ministro também propõe mudanças na forma como é realizada a votação no dia da eleição, entre elas entender o horário e dar preferência a faixas etárias por horário para evitar aglomeração. Ele revelou que será preparada uma cartilha com o passo a passo das eleições, que mostre desde quando o eleitor chegar à seção eleitoral até a saída dele. “Coisas básicas como não levar a mão à boca, ao nariz, aos olhos. O eleitor vai ter que votar e, em seguida à votação, ter um servidor de luva que dará um jato de álcool em gel para limpar a mão. O álcool em gel tem que ser depois do voto, porque senão estraga a urna e a biometria”, apontou Barroso.
Por: Paraíba Master