“Para nós, ele precisa ser tirado de circulação” diz delegado após prisão de Fernando Cunha Lima

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Às 15h20 dessa sexta-feira (07), Fernando Cunha Lima chegouà Cidade da Polícia Civil e mais uma vez se disse inocente das acusações de estupro de crianças. Ele disse em tom enfático que não vai ficar preso. Ao ser questionado pela imprensa sobre o motivo de estar foragido, ele disse que era inocente e que não permanecerá preso por mais que dois dias “por causa da minha doença”.
Em entrevista coletiva concedida no interior do prédio da Cidade da Polícia, o delegado geral de Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, disse que o caso do médico é emblemático porque demonstra que não há diferenças entre punição a crimes cometidos por pobres e ricos. Fernando, um pediatra que atuou por cerca de 50 anos na especialidade.
“Para nós, ele é só mais um preso, só mais um indivíduo que precisa ser tirado de circulação. Vivemos um show de horrores com um senhor de idade fugindo da polícia paraibana. Nunca deixamos de procurar. Amanhã é Dia Internacional da Mulher e há um ano estávamos prendendo no Rio um indivíduo procurado pela Barbárie de Queimadas”, disse Rabelo.
Prisão – Nas últimas duas semanas, a polícia imóvel locado para ele num bairro de classe média baixa na cidade de Paulista. Em novembro do ano passado, estava na casa da filha, em Casa Forte, Recife, de onde saiu uma semana antes do cumprimento do mandado de prisão. Fernando foi preso em um apartamento e foi a esposa do médico quem abriu a porta para a polícia.
Fernando evitava sair à rua, enquanto a esposa dele ainda saía de casa poucas vezes para resolver algumas demandas. Nos últimos dias, os parentes estavam evitando contato presencial com ele, preferindo falar por telefone.
“Houve uma instrução de como burlar o aparato de Justiça do nosso Estado e ‘botar a polícia para andar’. Ele passava o CPF para ser usado em vários lugares… ele queria transgredir já na transgressão e chegou aqui na Cidade da Polícia com deboche”, registrou o delegado André Rabelo.
Paraíba Master com informações do ParlamentoPB