UFPB firma parceria com Sudene e INSA para fortalecer a cadeia produtiva da palma no Nordeste
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) firmou, nesta quarta-feira (19), um convênio com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) para fortalecer a cadeia produtiva da palma no semiárido nordestino. O investimento total no projeto InovaPalma, conduzido pela Sudene, será de R$6 milhões, com foco na expansão do cultivo, processamento e aproveitamento da palma na alimentação animal, beneficiando agricultores e pecuaristas da região.
A solenidade de assinatura do convênio contou com a presença da Reitora da UFPB, Terezinha Domiciano, do Superintendente da Sudene, Danilo Cabral, e do Presidente do INSA, Etham Barbosa, além de representantes do setor agropecuário, pesquisadores e autoridades estaduais. Pela UFPB, ainda participaram o diretor do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Bruno de Oliveira Dias, a diretora do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), Fabricia Montenegro, o Presidente do Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba (IDEP-UFPB), Walmir Rufino, a Diretora Presidente da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova-UFPB), Bagnólia Araújo Costa, e Ricardo Guerra, Coordenador Geral de Pesquisa da UFPB.
A parceria entre a Sudene e o INSA resulta na aplicação de R$2,1 milhões para a instalação de 15 campos de palma forrageira, capacitação de 15 produtores como agentes multiplicadores e distribuição de 18 milhões de cladódios-semente ao longo do projeto. Além disso, haverá a capacitação de pelo menos 100 agricultores por estado contemplado, com a realização de intercâmbios técnicos.
Na vertente de processamento, serão investidos R$3,2 milhões para a produção de farelo de palma, que se configura como uma commodity vegetal estratégica para a região. O projeto inclui o cultivo intensivo da palma em quatro hectares, a implantação de uma unidade de secagem e uma unidade de armazenamento com capacidade para 160 toneladas de farelo.
A UFPB será responsável pelo estudo da palma como alternativa alimentar para suínos no Nordeste, em projeto coordenado pelo professor Leonardo Augusto Pascoal. Com investimento de R$891,9 mil, os pesquisadores avaliam as características biológicas e nutricionais de diferentes genótipos da planta, com o objetivo de desenvolver um manual de recomendações para sua utilização na alimentação dos animais em diferentes fases de produção.
A palma forrageira é uma planta estratégica para o semiárido brasileiro, especialmente na alimentação animal, devido à sua resistência à seca e capacidade de armazenar água. Nesse sentido, a Reitora Terezinha Domiciano ressalta a importância do projeto para a região. “A partir do mapeamento da suinocultura na Paraíba, identificamos que a palma poderia ser utilizada na nutrição dos suínos. Esta é a primeira vez que recursos são destinados para esse tipo de pesquisa, o que representa um grande avanço para a sustentabilidade e o desenvolvimento agropecuário do Nordeste”, destaca.
