Tarifas impostas por Donald Trump para 40 países começam a valer nesta quarta-feira; veja lista

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As tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entram em vigor à meia-noite (horário leste dos EUA) desta quarta-feira (9) para ao menos 40 países que ainda não foram afetados pela medida. Uma das nações atingidas é a China, que terá um imposto de 104% sobre os produtos vendidos aos EUA. O país foi atingido com a maior taxa após reagir ao tarifaço do governo norte-americano.
O pacote de impostos dos EUA a outras nações começou no último sábado (5), quando passou a valer a tarifa mínima de 10% sobre as importações de outros mercados. O tarifaço de Trump afeta aproximadamente 190 nações. A grande maioria foi penalizada com o imposto de 10%.
Nesta quarta, os Estados Unidos começam a cobrar os países que ficaram de fora desse piso de 10% e sofreram uma taxação maior, como Camboja, Israel, África do Sul, Suíça e integrantes da União Europeia. Veja quais são as tarifas:
- Argélia – 30%
- Angola – 32%
- Bangladesh – 37%
- Bósnia e Herzegovina – 35%
- Botsuana – 37%
- Brunei – 24%
- Camboja – 49%
- Camarões – 11%
- Chade – 13%
- China – 104%
- Costa do Marfim – 21%
- República Democrática do Congo – 11%
- Guiné Equatorial – 13%
- União Europeia – 20%
- Ilhas Falkland – 41%
- Fiji – 32%
- Guiana – 38%
- Índia – 26%
- Indonésia – 32%
- Iraque – 39%
- Israel – 17%
- Japão – 24%
- Jordânia – 20%
- Cazaquistão – 27%
- Laos – 48%
- Lesoto – 50%
- Líbia – 31%
- Liechtenstein – 37%
- Madagascar – 47%
- Malawi – 17%
- Malásia – 24%
- Maurício – 40%
- Moldávia – 31%
- Moçambique – 16%
- Myanmar (Birmânia) – 44%
- Namíbia – 21%
- Nauru – 30%
- Nicarágua – 18%
- Nigéria – 14%
- Macedônia do Norte – 33%
- Noruega – 15%
- Paquistão – 29%
- Filipinas – 17%
- Sérvia – 37%
- África do Sul – 30%
- Coreia do Sul – 25%
- Sri Lanka – 44%
- Suíça – 31%
- Síria – 41%
- Taiwan – 32%
- Tailândia – 36%
- Tunísia – 28%
- Vanuatu – 22%
- Venezuela – 15%
- Vietnã – 46%
- Zâmbia – 17%
- Zimbábue – 18%
Em meio ao cenário de incerteza global, a validade das taxas deve causar um novo efeito negativo no câmbio e nas bolsas ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Trump nega uma eventual pausa no pacote de tarifas.
“Não estamos olhando para isso”, disse ele na segunda-feira (7).
Desde o início do atual mandato, Trump tem aplicado tarifas sobre as importações de diferentes produtos, gerando tensão diplomática com os principais aliados do país e desencadeando uma guerra comercial, por exemplo, com Canadá e União Europeia.
Uma das maiores preocupações relacionadas ao tarifaço de Trump são as demissões em massa, que podem gerar consequências negativas na economia americana. As tarifas comerciais anunciadas por Trump aumentaram o cenário de incerteza global, gerando maior tensão entre as principais potenciais mundiais.
Especialistas entendem que, caso as políticas de Trump falhem, os EUA podem sofrer uma desaceleração do crescimento econômico e pressionar a inflação das demais nações, o que poderia causar um desequilíbrio na economia global.
Como justificativa, o governo de Donald Trump aponta que os Estados Unidos estavam sendo “injustiçados” com as tarifas aplicadas por outros países. Segundo a Casa Branca, a parceria comercial teria ficado “altamente desequilibrada”.
Recessão, mercado e tarifas
Com o medo do mercado de uma possível recessão nos EUA e o aumento das tarifas, bolsas de valores na Ásia, Europa, Brasil e no próprio país norte-americano vêm registrando perdas sequenciais.
Após rumores de uma possível pausa nas tarifas comerciais impostas na segunda-feira (7), as bolsas ao redor do mundo, incluindo a do Brasil, registraram um salto temporário. Entretanto, depois que a Casa Branca negou que Trump pensa em desistir do tarifaço, as perdas voltaram a ser observadas.
Nessa terça (8), o dólar comercial voltou a se aproximar de R$ 6 e fechou o dia a R$ 5,997, uma variação de 1,46%. Além do câmbio, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou o pregão com variação negativa de 1,32%, a 123.931,89 pontos
Com as imposições do norte-americano e de ameaças ao multilateralismo, líderes globais se viram obrigados a retaliar e avaliar as novas taxas, o que pode causar um redirecionamento do comércio internacional.
Além da China, o Canadá, um dos principais parceiros comerciais dos EUA, anunciou uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados. A União Europeia também se pronunciou e sugeriu uma contra tarifa de 25% sobre alguns produtos americanos.
Apesar da tensão e perdas registradas, Donald Trump afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos estão arrecadando US$ 2 bilhões por dia com as tarifas.
Paraíba Master com informações do R7