9 de maio de 2025
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Alexandre de Moraes faz votação contra decisão da Câmara dos Deputados que pode beneficiar Bolsonaro

 Alexandre de Moraes faz votação contra decisão da Câmara dos Deputados que pode beneficiar Bolsonaro

Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes votou que suspende por derrubar a decisão da Câmara dos Deputados que suspende a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por tentativa de golpe de Estado.

O que aconteceu
O plenário virtual receberá os votos da Primeira Turma até o dia 13. Cinco ministros participam do julgamento, incluindo Moraes.

Texto aprovado por deputados já começou a valer por se tratar de resolução. O pedido foi apresentado pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, com o argumento de que a lei proíbe investigações contra parlamentares após a diplomação. No entendimento da sigla, Ramagem não poderia estar no inquérito que apura as invasões do 8 de Janeiro. A manobra da Câmara pode beneficiar o ex-presidente, já que o relator não limitou o alcance da suspensão penal.

Antes do julgamento, Supremo já havia dito que discorda da leitura do PL. O presidente da Primeira Turma, o ministro Cristiano Zanin, avisou à Câmara que a Justiça interpreta de outra maneira e que somente dois crimes atribuídos a Ramagem deixariam de ser julgados: dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Zanin afirmou que o deputado continuaria respondendo por abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada.

Ramagem é réu no Supremo na mesma ação em que Jair Bolsonaro se tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Após o resultado na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), comunicou o comunicou o STF sobre a votação. A Corte decide agora se vai suspender ou não a ação contra o deputado.

Ex-diretor da Abin, Ramagem é acusado de fazer parte do “núcleo crucial” da tentativa de golpe. O deputado dirigiu a Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro e teria usado a estrutura da instituição para desacreditar o sistema eleitoral, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Paraíba Master com informações da Uol

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