20 de maio de 2025
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Crianças estão sendo alugadas para pedir esmolas na capital paraibana, segundo alertou o juiz da Infância e Juventude

 Crianças estão sendo alugadas para pedir esmolas na capital paraibana, segundo alertou o juiz da Infância e Juventude

Foto: Pixabay/Ilustrativa

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Crianças estão sendo alugadas por adultos para pedido de esmolas em João Pessoa, segundo alertou o juiz da Infância e Juventude, Adhailton Lacet. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (20), o juiz falou sobre adoção, doação e outros casos envolvendo crianças e adolescentes e seus direitos.

“Tem casos em que os pais alugam as crianças. Houve um caso em João Pessoa que, em um grande supermercado, as crianças eram alugadas por R$ 50 para as pessoas pedirem esmola. Coloca no braço o bebê para sensibilizar os clientes e pedir lata de leite, fralda e esses produtos, depois, são vendidos ou trocados por drogas”, revelou o juiz, como verificou o ClickPB.

“Eu fui sensibilizado em uma fila de supermercado, sem tomar conhecimento dessa questão do aluguel de crianças, por um senhor com uma criança, que pediu para eu comprar um pacote de fralda. Paguei, inclui na minha feira e a moça disse: ‘doutor, ele vai ali para o estacionamento e vai trocar por drogas’. E foi a primeira vez que eu tomei conhecimento disso e pedi que nossa equipe começasse a investigar”, detalhou.

“Foi no estacionamento de uma grande rede de supermercados e os nossos agentes da Infância e Juventude, junto com o Conselho Tutelar, ficaram lá em campana e conseguiram identificar. As crianças foram recolhidas e a equipe procurou saber quem foram os pais. Então temos duas ou três crianças em acolhimento”, relatou Lacet.

Quando alguém flagrar essa situação, segundo o juiz, essas testemunhas podem “ligar para quem está na ponta, que é o Conselho Tutelar porque, normalmente, é o órgão que pode fazer o acolhimento, é a ‘porta de entrada’ para as instituições de acolhimento. A polícia, se tiver ali o flagrante, evidentemente que vai preso o pai ou o adulto que estiver explorando, mas a polícia tem que entregar a criança para o Conselho Tutelar para que o Conselho leve para a instituição de acolhimento e a Justiça da Infância e Juventude vai cuidar do destino dessa criança”, explicou o juiz.

Por Paraíba Master com informações do Click PB.

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