STF envia lista só com mulheres ao presidente Lula para escolha de nova ministra do TSE
Foto: reprodução
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta terça-feira (28) uma lista tríplice exclusivamente composta por mulheres para a vaga de ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo informações da Agência Brasil, foram indicadas as advogadas Cristina Maria Gama Neves da Silva, Estela Aranha e Vera Lúcia Santana Araújo, que já atua como ministra substituta na Corte Eleitoral.
Agora, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolher uma das três candidatas para ocupar uma das duas cadeiras reservadas à classe dos advogados no TSE. Atualmente, essas vagas são ocupadas pelos ministros André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, que integram outra lista, esta composta apenas por homens, e que também será enviada ao presidente. Apenas um deles permanecerá na Corte.
Durante a sessão em que a lista feminina foi aprovada, a ministra Cármen Lúcia, que atualmente preside o TSE, destacou a importância da iniciativa para assegurar maior paridade de gênero no Judiciário. Ela alertou para o risco de o tribunal ser formado exclusivamente por homens a partir do próximo ano, quando acontecem as eleições presidenciais.
“Se hoje chegasse a este plenário uma nova ministra do STF e ela tivesse menos de 60 anos, levaria 15 anos para a próxima presidente do TSE ser uma mulher. Demorará pelo menos uma década e meia para que nós tenhamos de novo uma mulher presidindo o TSE. Só para se ter ideia da dificuldade de uma mulher alçar a esses cargos”, afirmou Cármen Lúcia, conforme registrou a Agência Brasil.
O TSE é composto por sete ministros: três oriundos do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois representantes da advocacia, além dos respectivos substitutos. A Constituição determina que cabe ao presidente da República nomear os advogados que integram o tribunal.
Atualmente, o plenário do TSE conta com a presidente Cármen Lúcia, os ministros Nunes Marques e André Mendonça (ambos do STF), Antonio Carlos Ferreira e Maria Isabel Galotti (do STJ), além dos advogados André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques.
Por Paraíba Master
