30 de maio de 2025
Abrir Player em Nova Janela

Operação resgata 33 trabalhadores em situação análoga a escravidão

 Operação resgata 33 trabalhadores em situação análoga a escravidão

Foto: Ascom MPT-PB

#Compartilhe

Uma operação resgatou 33 trabalhadores em condições degradantes e análogas à escravidão, em obras de construção de edifícios de alto padrão, na orla de Cabedelo, município da Região Metropolitana de João Pessoa. A ação realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) começou no último dia 21 e foi encerrada ontem (28). Os resgatados trabalhavam em obras de três construtoras, nas praias de Formosa e Camboinha, no litoral da Paraíba.

“Os 33 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão são migrantes internos, naturais de diferentes municípios da Paraíba, como Mari e Gurinhém. Eles estavam alojados na própria obra, sem uma estruturação adequada, com água caindo dentro do alojamento, com superlotação, sem qualquer tipo de ventilação, totalmente inacabado, sanitários em condições inadequadas de uso. Havia também reclamação da presença de mosquitos. Então, eram condições que não garantem o mínimo de civilidade e dignidade ao trabalhador”, informou a procuradora do Trabalho Dalliana Vilar Pereira, que veio à Paraíba participar da operação.

“Temos encontrado aqui na Paraíba situações de trabalho escravo contemporâneo em locais nobres, como a orla das cidades e ainda em obras de condomínio de alto padrão. Então, é muito importante que a gente mude essa cultura do desrespeito às normas trabalhistas em locais onde não se garante o mínimo de dignidade ao trabalhador, violam as normas trabalhistas de forma global e de forma tão lesiva que chega a caracterizar uma condição indigna, similar à condição de um trabalho escravo”, finalizou Dalliana Vilar.

De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho (MPT-PB), as situações não eram graves apenas em relação a estadia. As condições alimentícias também eram precárias. Os trabalhadores recebiam apenas 1 pedaço de carne no almoço, e tinham somente como opção para café e janta, o cuscuz.

Segundo a procuradora Dalliana Vilar, as empresas terão que pagar R$300 mil de idenização por dano moral coletivo.

Por Paraíba Master

Relacionados