Copom decide nesta quarta-feira (18) se interrompe alta da taxa Selic

Marcello Casal JrAgência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (18) para decidir se interrompe o ciclo de aumentos da taxa Selic, que está atualmente em 14,75% ao ano — o maior patamar desde agosto de 2006. O grupo de analistas de mercado está dividido entre manter a taxa no nível atual ou aprovar uma última elevação para 15% antes da possível pausa.
Desde setembro de 2024, o BC promoveu seis elevações consecutivas na Selic, com o objetivo de conter a inflação. De acordo com o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a expectativa majoritária é de que a taxa básica permaneça em 14,75% ao ano até o final de 2025, com uma redução gradual iniciando em 2026. Contudo, uma parcela dos analistas aposta em um novo aumento ainda este ano.
Segundo reportagem do portal da Agência Brasil, o Copom tem ressaltado a desaceleração da economia brasileira, reflexo dos efeitos do aperto monetário. No entanto, fatores como a pressão sobre os preços da energia elétrica mantêm o cenário incerto. O comunicado da última reunião, realizada em maio, apontou para a necessidade de acompanhar a transmissão completa da política monetária antes de definir os próximos passos.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostrou sinais de desaceleração — registrou alta de 0,26% em maio e acumula 5,32% nos últimos 12 meses. Ainda assim, a taxa permanece acima do teto da meta de inflação para 2025, que é de 4,5%, conforme o sistema de meta contínua definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ao elevar a taxa básica de juros, o BC busca conter a demanda e evitar pressões inflacionárias, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança. Já a redução da taxa tende a baratear o crédito, incentivar o consumo e a produção, e pode provocar alta nos preços.
O Copom reúne-se a cada 45 dias para analisar indicadores econômicos nacionais e internacionais, além do comportamento dos mercados financeiros. No segundo dia do encontro, os diretores do Banco Central decidem a nova taxa Selic, que influenciará diretamente as condições de crédito e os preços na economia brasileira.
Por Paraíba Master