Congresso derruba aumento do IOF decretado por Lula e impõe derrota ao governo federal

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O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (25) a revogação de três decretos presidenciais que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), confirmando a decisão já tomada horas antes pela Câmara dos Deputados. A medida representa uma derrota significativa para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que agora terá de buscar alternativas para compensar uma perda de arrecadação estimada em R$ 10 bilhões ainda em 2025.
Com a decisão, o Congresso anulou um aumento de tributo implementado por meio de decreto, o que também coloca em xeque a estratégia da equipe econômica. Segundo o Ministério da Fazenda, a suspensão do reajuste do IOF exigirá novos cortes no Orçamento do próximo ano para garantir o cumprimento da meta fiscal.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, alertou para os impactos da decisão legislativa. Segundo ela, a derrubada da medida pode comprometer programas sociais, investimentos prioritários e até a execução das emendas parlamentares.
Já o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), evitou atritos com o governo, mas reconheceu o resultado como uma derrota. “Esse decreto começou mal. O governo editou um decreto que rapidamente foi rechaçado pela sociedade brasileira. Sabemos que é sim uma derrota para o governo, mas foi construída por várias mãos”, declarou durante a sessão.
Resistência e articulação política
Mesmo após recuos parciais do Planalto, a proposta enfrentou forte resistência no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu o projeto na pauta da noite de terça-feira (24), e a votação foi acelerada. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), integrante da oposição, relatou a matéria.
O texto passou na Câmara com ampla maioria: 383 votos a favor e 98 contrários. Em seguida, o Senado confirmou a decisão. Parlamentares apontam que o resultado foi impulsionado por insatisfação com os aumentos de tributos, além da lentidão na liberação de emendas e críticas à condução da política econômica do ministro Fernando Haddad.
As informações são do portal G1
Por Paraíba Master