27 de junho de 2025
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Presidente do PT-PB critica Congresso após derrubada de MP do IOF: “Decisão favorece os ricos”

 Presidente do PT-PB critica Congresso após derrubada de MP do IOF: “Decisão favorece os ricos”

Foto: Reprodução

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O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba, Jackson Macêdo, manifestou indignação diante da decisão do Congresso Nacional de revogar a Medida Provisória que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta visava ampliar a arrecadação para financiar programas sociais do governo federal, como o Pé-de-Meia, voltado a estudantes do ensino médio da rede pública. A reação de Macêdo foi publicada nas redes sociais e repercutida pelo portal PB Agora nesta quinta-feira (26).

Na publicação, o dirigente petista criticou os parlamentares que votaram contra a medida e ironizou quem celebrou o resultado da votação. “Se você é dono de bets, se compra dólar e euro para guardar, ou se usa seu cartão de crédito no exterior, deve estar feliz da vida comemorando a decisão do Congresso de derrubar a MP do IOF do governo Lula. Você é rico e vive às custas do trabalhador. Agora, se você não é, e não tem nada disso e está comemorando a derrota do governo, você é um babaca que não entendeu nada”, escreveu.

Macêdo ainda classificou a derrubada da medida como um movimento das elites econômicas para proteger seus privilégios em detrimento de políticas voltadas à população mais pobre.

A medida provisória previa aumento do IOF em operações como compras internacionais com cartão de crédito, aquisição de moeda estrangeira e remessas ao exterior, buscando garantir novas fontes de receita para programas sociais.

Na última quarta-feira (25), a Câmara dos Deputados aprovou, por 383 votos a 98, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025, que anula o Decreto Federal nº 12.466/2025 — responsável pelo reajuste do IOF. Em seguida, o Senado também aprovou o texto por votação simbólica, seguindo orientação do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). O decreto agora segue para promulgação, mas o Palácio do Planalto estuda judicializar a decisão.

Mesmo partidos da base aliada do governo votaram a favor da anulação, contrariando a orientação do Executivo. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chegou a emitir uma nota alertando para o impacto fiscal da medida. Segundo ela, a revogação poderá reduzir a arrecadação em R$ 10 bilhões em 2025 e até R$ 30 bilhões em 2026, comprometendo o cumprimento das metas fiscais estabelecidas.

Por Paraíba Master

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