Ato de Bolsonaro e Malafaia reúne público reduzido na Avenida Paulista, aponta levantamento
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A manifestação intitulada “Justiça Já”, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia neste domingo (29), registrou o menor público desde o fim do mandato do ex-chefe do Executivo, em dezembro de 2022. Segundo dados divulgados pelo Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a ONG More in Common, cerca de 12,4 mil pessoas participaram do ato na Avenida Paulista, em São Paulo. A margem de erro da estimativa é de 1,5 mil pessoas para mais ou para menos.
O levantamento foi realizado no momento de maior concentração de público, por volta das 15h40, a partir da análise de 34 imagens aéreas com o auxílio de inteligência artificial. Dentre essas, cinco fotos capturadas por drones foram utilizadas para a contagem definitiva, cobrindo dois pontos principais da manifestação. Para efeito de comparação, o ato realizado em 6 de abril deste ano, em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, reuniu 44,9 mil manifestantes no mesmo local, segundo o mesmo monitoramento.
Apesar da baixa adesão, parlamentares bolsonaristas defenderam o sucesso do evento. O deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL), por exemplo, compartilhou nas redes sociais que a Avenida Paulista estaria “lotada” durante o protesto.
Do outro lado do espectro político, lideranças governistas e da oposição ao bolsonarismo ironizaram a baixa presença de público. O líder do governo na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), usou a rede social X (antigo Twitter) para afirmar que “a extrema-direita perdeu apoio popular e capacidade de mobilização”. Já o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) destacou que o “povo não aceita mais a manutenção de privilégios”, criticando ainda recentes pautas aprovadas com o apoio do bolsonarismo, como o aumento no número de deputados e reajustes na conta de luz.
Durante o ato, as principais críticas se concentraram no Supremo Tribunal Federal, especialmente devido ao julgamento de Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi alvo, com protestos contra o aumento do IOF e denúncias sobre descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
A cobertura do evento e sua repercussão foram destacadas por diversos veículos de imprensa, incluindo o portal PB Agora, que também acompanhou as reações de parlamentares paraibanos sobre o ato político.
Por Paraíba Master