19 de julho de 2025
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Casos de síndrome respiratória grave seguem em alta no país, aponta novo boletim da Fiocruz

 Casos de síndrome respiratória grave seguem em alta no país, aponta novo boletim da Fiocruz

Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

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O mais recente boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam elevados em diversas regiões do país. A análise revela indícios de desaceleração ou queda nos casos associados à influenza A em parte dos estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, além de sinais semelhantes em relação ao vírus sincicial respiratório (VSR).

Segundo informações publicadas pelo portal Agência Brasil, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a presença de vírus respiratórios entre os casos positivos foi liderada pelo VSR (47,7%), seguido da influenza A (33,4%), rinovírus (20,6%), Sars-CoV-2 (1,8%) e influenza B (1,1%). Já entre os óbitos por SRAG, a influenza A esteve presente em 74,1% dos casos, seguida por VSR (14,1%), rinovírus (10,2%), Sars-CoV-2 (3,1%) e influenza B (1,3%).

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, alertou para a tendência de aumento das hospitalizações em estados como Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. “Os maiores responsáveis por esse aumento continuam sendo a influenza A e o vírus sincicial respiratório”, destacou. Ela reforçou ainda a importância da vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos prioritários atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Mesmo quem já teve gripe este ano deve se vacinar. A vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que circulam entre humanos”, orientou a pesquisadora.

Segundo Portella, a influenza A segue como a principal causa de hospitalizações e mortes por SRAG entre idosos, enquanto nas crianças pequenas, o maior impacto é causado pelo VSR, seguido do rinovírus e da própria influenza A.

Atualmente, seis estados apresentam níveis de incidência classificados como alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima.

Por outro lado, há registro de queda ou estabilidade nos casos em parte significativa do país, como no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Amapá, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba. No entanto, a Fiocruz alerta para o avanço da doença em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.

O InfoGripe é um sistema de monitoramento mantido pela Fiocruz que acompanha as notificações de SRAG no Brasil com base em dados do Ministério da Saúde.

Por Paraíba Master

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