31 de julho de 2025
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Deputado Júnior Mano nega envolvimento em desvios investigados pela Operação Underhand

 Deputado Júnior Mano nega envolvimento em desvios investigados pela Operação Underhand

© Mario Agra/Câmara dos Deputados

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Alvo da Operação Underhand, deflagrada nesta terça-feira (8) pela Polícia Federal (PF), o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou qualquer envolvimento com os desvios de recursos públicos investigados. A operação apura supostas fraudes em emendas parlamentares destinadas a municípios do Ceará. As informações são da Agência Brasil.

Em nota divulgada por sua assessoria, o parlamentar afirmou não exercer qualquer função executiva em prefeituras, tampouco participar de licitações, comissões de despesa ou fiscalização de contratos. Segundo o comunicado, Júnior Mano confia nas instituições responsáveis pela investigação e está certo de que, ao fim do processo, sua conduta será esclarecida.

“O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, destaca o texto.

O líder do PSB na Câmara, deputado Pedro Campos, também se manifestou. Em nota, ele afirmou esperar que os fatos sejam apurados com celeridade e que o devido processo legal seja respeitado, garantindo aos investigados o direito à ampla defesa.

De acordo com a PF, a investigação aponta a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias e contratos firmados por prefeituras cearenses. O objetivo seria desviar recursos públicos oriundos de emendas parlamentares. A corporação investiga crimes como organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fins eleitorais.

Além de Júnior Mano, outras cinco pessoas são investigadas. Os nomes dos demais envolvidos não foram revelados, pois o caso tramita sob sigilo. A operação foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e em cidades do Ceará, como Fortaleza, Baixio, Canindé, Eusébio e Nova Russas. O STF também autorizou o bloqueio de R$ 54 milhões em bens e valores vinculados aos investigados, bem como o acesso aos dados de celulares apreendidos e o compartilhamento das provas com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Uma nova investigação poderá ser aberta para apurar mais profundamente o eventual envolvimento de autoridades com foro privilegiado no suposto esquema de destinação e execução irregular de emendas parlamentares.

Por Paraíba Master

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