16 de julho de 2025
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Alckmin lidera reunião com empresários e busca acordo para evitar aumento de tarifas dos EUA

 Alckmin lidera reunião com empresários e busca acordo para evitar aumento de tarifas dos EUA

Foto: Valter Campanato

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), coordenou nesta terça-feira (15) duas reuniões com representantes dos setores industrial e agropecuário para discutir os impactos da decisão dos Estados Unidos de elevar para 50% as tarifas de importação de produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

De acordo com informações do CCT, os encontros reuniram empresários de segmentos como aço, alumínio, aviação, têxteis, calçados, papel e celulose, entre outros. O setor produtivo manifestou preocupação com os prejuízos já causados pelo anúncio do tarifaço, mas demonstrou confiança nas negociações conduzidas pelo governo federal. A posição unânime dos empresários foi de rejeição a qualquer medida de retaliação imediata.

Alckmin ressaltou que o objetivo do governo brasileiro é intensificar o diálogo com autoridades norte-americanas e buscar um acordo antes do início da vigência das novas tarifas. “Houve alinhamento em torno da negociação. Levei a mensagem do presidente Lula de total empenho para reverter essa situação”, afirmou o vice-presidente.

Algumas entidades empresariais sugeriram que o Brasil solicite formalmente o adiamento da medida, prevista para entrar em vigor no início de agosto. Alckmin também destacou a relevância da relação comercial entre os dois países, lembrando que as tarifas podem prejudicar consumidores norte-americanos ao encarecer produtos, além de impactar cadeias produtivas de ambos os lados. “É uma oportunidade, inclusive, para avançarmos em novos acordos comerciais”, afirmou.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das discussões com o setor agropecuário e reforçou que o governo federal tem atuado desde o início da gestão para ampliar mercados internacionais para os produtos brasileiros. Segundo ele, já foram abertos 393 novos mercados externos desde janeiro de 2023. Ainda assim, Fávaro defendeu que seja mantido o esforço para preservar as exportações para os Estados Unidos. “O diálogo está aberto com respeito à soberania e com altivez”, declarou.

O setor pecuário, que tinha expectativa de dobrar as exportações de carne aos EUA este ano, é um dos mais diretamente afetados pela decisão do governo norte-americano, liderado por Donald Trump.

Por Paraíba Master

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