Brasil chega a casa dos 5% de desempregados vivendo assim o chamado pleno emprego, governo Lula celebra os índices positivos

Foto: reprodução
O Brasil registrou no segundo trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação caiu para 5,8% entre abril e junho, abaixo dos 7,0% registrados nos três primeiros meses do ano.
O resultado surpreendeu positivamente o mercado, ficando abaixo da projeção de 6% estimada por analistas consultados pela agência Reuters. Na comparação anual, o recuo foi ainda mais expressivo — em igual período de 2024, o índice era de 6,9%.
Com o mercado de trabalho aquecido, o rendimento médio real dos trabalhadores também atingiu um novo recorde. A renda média mensal chegou a R$ 3.477, o maior valor já registrado na série histórica. O número representa aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O número de desempregados no país caiu para 6,253 milhões de pessoas, o que representa uma redução de 17,4% frente ao primeiro trimestre. Já a população ocupada chegou a 102,3 milhões, uma alta de 1,8% na mesma base de comparação e de 2,4% em relação ao segundo trimestre de 2024.
A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que o crescimento expressivo na ocupação influenciou diversos recordes do levantamento. “A menor taxa de desocupação da série é resultado direto da elevação do número de pessoas ocupadas”, afirmou.
Outro indicador relevante foi o aumento dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39,02 milhões — também um recorde. Já o número de empregados sem carteira assinada chegou a 13,53 milhões, uma alta de 2,6% no trimestre.
A taxa de participação na força de trabalho foi de 62,4%, enquanto o nível de ocupação chegou a 58,8% — ambos os maiores já registrados na pesquisa do IBGE.
Apesar do desempenho positivo do mercado de trabalho, especialistas avaliam que o crescimento da renda pode representar um desafio adicional para o controle da inflação, sobretudo no setor de serviços. Na véspera, o Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15%, sinalizando estabilidade prolongada no cenário monetário.
O levantamento do IBGE incorpora, a partir deste trimestre, novas ponderações demográficas baseadas nas estimativas populacionais de 2024, atualizadas com dados do Censo Demográfico realizado em 2022.
Por Paraíba Master