Policiais são presos em operação do Gaeco por atuar como seguranças de Hytalo Santos

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, deflagrou nesta segunda-feira (18) a Operação Arcus Pontis, com o apoio do Núcleo de Gestão do Conhecimento (NGC), da Polícia Militar (PMPB) e da Polícia Civil (PCPB).
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados judiciais contra policiais militares investigados por participação em uma chacina ocorrida em 15 de fevereiro deste ano, na Ponte do Arco, no município do Conde (PB), que resultou na morte de cinco pessoas. Foram expedidos seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão pela Vara Única do Conde.
A operação mobilizou 72 integrantes, entre promotores de Justiça, policiais militares — com apoio da Corregedoria da PM — e policiais civis.
Segundo as investigações, os policiais alvos da operação também atuavam em “bicos” como seguranças do influenciador Hytalo Santos, preso na última sexta-feira (15), em Carapicuíba (SP), suspeito de exploração sexual infantil e tráfico de pessoas.
Defesa dos policiais
O advogado Luiz Pereira, que representa parte dos investigados, afirmou que os policiais presos agiram em legítima defesa. De acordo com ele, os agentes tentaram abordar um veículo, quando os ocupantes teriam atirado contra a guarnição, que revidou, atingindo os cinco homens — todos mortos após serem socorridos para o hospital.
Pereira também negou que os policiais tenham prestado serviços de segurança a Hytalo Santos. Além disso, explicou que um dos mandados não foi cumprido porque o policial em questão encontra-se nos Estados Unidos, com autorização institucional.
“Eles são policiais condecorados que, numa situação de confronto, saíram ilesos e os bandidos morreram. Não compreendemos o motivo de, depois de tanto tempo, ser decretada prisão temporária para os meus clientes. Eles fornecerão todas as informações necessárias à investigação e devem ser liberados ao final do prazo da prisão temporária”, declarou o advogado.
Por Paraíba Master com Informações do ParlamentoPB