5 de setembro de 2025
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Deputado federal é alvo da PF; saiba mais

 Deputado federal é alvo da PF; saiba mais
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O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO), aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura desvios de emendas parlamentares durante a pandemia de Covid-19. Por ordem do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi realizada uma busca e apreensão no apartamento funcional do parlamentar.

Os fatos investigados remontam ao período em que Ayres exercia o cargo de deputado estadual. Ele havia sido indicado para presidir a CPI do INSS, mas a nomeação foi revertida após articulação da oposição.

A investigação aponta suspeitas de fraudes na compra de cestas básicas e frangos congelados com recursos oriundos de emendas parlamentares. Segundo a Polícia Federal, o esquema teria operado principalmente entre 2020 e 2021, mas a atuação dos envolvidos em fraudes licitatórias se estenderia até 2024.

O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 73 milhões. Os recursos desviados teriam sido usados na aquisição de imóveis de luxo, compra de gado e despesas pessoais.

De acordo com a PF, o nome de Ayres aparece em registros manuscritos de controle de pagamentos e em notas fiscais emitidas por uma empresa ligada a outros investigados, utilizadas no fornecimento fictício de cestas básicas. Ele também figura em planilhas de distribuição dos itens junto a outros ex-deputados estaduais.

A PF solicitou a suspensão do mandato dos parlamentares investigados, mas o pedido foi negado pelo ministro do STJ.

Na mesma operação, realizada nesta quarta-feira (3), o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo. Ele já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em agosto de 2024, na primeira fase da operação Fames-19.

Em nota, Ricardo Ayres afirmou não ter “qualquer relação com os atos apurados”, alegando que sua citação ocorre “apenas por sua condição de parlamentar à época dos fatos”. Ele também reiterou seu “respeito às instituições e ao trabalho investigativo em curso” e disse estar à disposição das autoridades.

Por Paraíba Master com Informações do Jornal de Brasília

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