Gleisi Hoffmann respeita saída de União Brasil e PP do governo, mas cobra compromisso de quem permanecer

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira (2) que respeita a decisão das direções do União Brasil e do Progressistas (PP) de se afastarem da base do governo federal. Em declaração, ela ressaltou que “ninguém é obrigado a permanecer”, mas pontuou que aqueles que optarem por seguir na gestão devem assumir o compromisso com as pautas prioritárias do governo no Congresso Nacional.

Apesar do rompimento oficial, representantes dessas legendas ainda mantêm indicações em cargos federais, inclusive na Paraíba. O deputado Damião Feliciano (União Brasil), por exemplo, tem sua esposa, a ex-vice-governadora Lígia Feliciano, nomeada como diretora no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, onde atua na área de segurança alimentar. Já os parlamentares Aguinaldo Ribeiro e Mersinho Lucena, ambos do PP, também possuem aliados em postos estratégicos, como na Caixa Econômica Federal e na Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Gleisi reforçou que o governo não está exigindo a saída de ninguém, mas reiterou a necessidade de lealdade política por parte de quem ocupa espaços na gestão:

“Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia, o estado de direito e nossa soberania”, escreveu a ministra em rede social.

A movimentação dos partidos também repercute no cenário político da Paraíba, especialmente na corrida pelo Palácio da Redenção em 2026. A disputa interna na Federação União Progressista (formada por União Brasil e PP) deve intensificar a disputa entre o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e o senador Efraim Filho (União), que almejam disputar o governo do estado.

Por Paraíba Master