5 de setembro de 2025
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Vítima de Tentativa de Feminicídio em Natal Fala Sobre Recuperação após Cirurgia de Reconstrução Facial

 Vítima de Tentativa de Feminicídio em Natal Fala Sobre Recuperação após Cirurgia de Reconstrução Facial

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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Juliana Soares, estudante de 35 anos, que foi brutalmente agredida com mais de 60 socos pelo ex-namorado dentro de um elevador em Natal, usou suas redes sociais para expressar sua gratidão e falar sobre sua recuperação após a cirurgia de reconstrução facial. O procedimento foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), na capital potiguar, e ajudou Juliana a retomar a própria imagem, perdida após o ataque.

Em sua postagem, Juliana compartilhou a emoção de dar início a essa nova fase de sua vida. “Pouco mais de 30 dias da minha reconstrução facial e sigo colhendo os frutos desse trabalho tão especial da equipe buco maxilo do Huol”, escreveu. Para ela, o resultado vai muito além da estética: “Sou imensamente grata por ter minha identidade de volta e por cada novo capítulo que a vida me permite escrever.”

O Caminho para a Recuperação

Apesar de o procedimento ter sido um marco importante para sua recuperação, Juliana ressalta que o resultado definitivo ainda está em andamento. “Ainda não temos o resultado final, pois é tudo muito recente. Só com 6 meses de pós-cirúrgico poderemos de fato concluir o processo de cicatrização. Viva o SUS!”, comentou.

A estudante, que passou por um trauma emocional e físico de grandes proporções, segue com otimismo, acreditando no poder da medicina e na importância de seguir em frente.

O Caso de Juliana: Uma História de Violência e Resistência

O ataque sofrido por Juliana aconteceu em julho deste ano, quando ela foi brutalmente agredida com 61 socos pelo ex-namorado, Igor Eduardo Cabral, dentro de um elevador em um condomínio em Ponta Negra, Zona Sul de Natal. A agressão resultou em fraturas graves nos ossos da face, e Juliana precisou ser hospitalizada. A violência foi precedida por uma discussão entre o casal, que teve início na área de lazer do residencial, onde o celular da vítima foi jogado na piscina.

Após a cirurgia, Juliana recebeu alta hospitalar em 4 de agosto, e o caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. O agressor foi preso e, em 7 de agosto, foi acusado formalmente de tentativa de feminicídio. Ele permanece detido na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal. De acordo com informações do Portal G1, a defesa de Igor tentou solicitar sua liberdade provisória, bem como a realização de exames psicológicos e toxicológicos, e também solicitou a mudança da acusação para lesão corporal.

Além de superar as dificuldades físicas e emocionais impostas pela violência, Juliana continua a lutar por justiça. O processo judicial segue, e ela permanece como um exemplo de resiliência diante do feminicídio e da violência doméstica.

Por Paraíba Master

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