18 de setembro de 2025
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Furto de energia elétrica no Brasil causa prejuízo bilionário e afeta consumidores regulares

 Furto de energia elétrica no Brasil causa prejuízo bilionário e afeta consumidores regulares

Foto: Reprodução

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O furto de energia elétrica, conhecido tecnicamente como perdas não técnicas, gerou um impacto financeiro de R$ 10,3 bilhões no Brasil em 2024, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa prática, popularmente chamada de “gato”, ocorre principalmente no mercado de baixa tensão, que engloba residências, pequenos comércios, escritórios e pequenas indústrias.

O uso irregular e descontrolado da energia furtada provoca sobrecarga no sistema elétrico, danos à infraestrutura e compromete o fornecimento para os consumidores regulares. A Aneel aponta que as interrupções causadas por furtos totalizaram quase 89 mil episódios no ano passado, com duração média superior a 8 horas.

Grandes concessionárias, responsáveis por mercados acima de 700 GWh, são incumbidas de monitorar e combater essas perdas comerciais, dada a complexidade do setor e o tamanho das redes de distribuição.

Um estudo recente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) destaca que o furto de energia atinge 16,02% do mercado de baixa tensão, refletindo não só em perdas econômicas, mas também no aumento das tarifas para os consumidores que utilizam energia de forma regular.

Além do impacto financeiro, o furto de energia traz riscos à segurança pública. Em 2024, foram registrados 45 mortes e 69 feridos em acidentes relacionados a ligações clandestinas, segundo levantamento da Abradee. O presidente da entidade, Marcos Madureira, reforça a gravidade do problema: “Mais do que prejuízos financeiros, essas práticas colocam vidas em risco e comprometem a estabilidade do sistema elétrico. É necessária uma ação conjunta entre governo, empresas e população para enfrentar essa questão”.

Para intensificar o combate ao furto, a Abradee e suas distribuidoras têm investido em tecnologia avançada, como inteligência artificial e equipamentos mais robustos, além de campanhas educativas focadas na prevenção de acidentes e na conscientização da sociedade.

O problema é tão grave que o volume de energia furtada equivale à produção anual da usina hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores do país, localizada no Pará.

Por Paraíba Master

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