5 de setembro de 2025
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Presença militar dos EUA no Caribe preocupa países da América Latina e acende alerta sobre tensões com a Venezuela

 Presença militar dos EUA no Caribe preocupa países da América Latina e acende alerta sobre tensões com a Venezuela

Foto: Reprodução

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A movimentação de tropas e navios dos Estados Unidos próximos à costa da Venezuela gerou forte reação de países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), incluindo o Brasil, que assinaram um documento manifestando “profunda preocupação” com o que chamaram de intervenção militar “extra-regional”. O comunicado destaca que a América Latina e o Caribe foram proclamados como uma “Zona de Paz”, e pede respeito à soberania dos países.

Segundo a Agência Brasil, o envio de caças e submarinos pelos EUA é justificado pelo combate ao narcotráfico, acusando o governo de Nicolás Maduro de envolvimento com cartéis de drogas. A Venezuela nega e acusa Washington de usar essa narrativa para promover uma tentativa de desestabilização e “mudança de regime” no país.

No documento assinado por 20 países da Celac — entre eles México, Colômbia, Chile, Uruguai e Cuba — os governos reforçam que o combate ao crime deve acontecer com base na cooperação internacional e no respeito ao direito internacional. Por outro lado, Argentina, Paraguai, Peru e outros países se recusaram a assinar a nota, o que expôs divisões internas no bloco.

O clima tenso foi agravado por um recente sobrevoo de aeronaves venezuelanas próximas a navios norte-americanos, além da convocação de milhões de civis venezuelanos para integrar milícias armadas. A diplomacia venezuelana reagiu às falas do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que esteve no México e no Equador, acusando Maduro de envolvimento com o tráfico. Caracas rebateu com críticas duras, alegando que os dados da ONU não apontam papel central da Venezuela no tráfico de drogas internacional.

Por Paraíba Master

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