11 de setembro de 2025
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Ministra Cármen Lúcia Vota Pela Condenação de Bolsonaro no STF e Forma Maioria para Julgamento do Golpe

 Ministra Cármen Lúcia Vota Pela Condenação de Bolsonaro no STF e Forma Maioria para Julgamento do Golpe

Foto: Reprodução

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu seu voto nesta quinta-feira (11), e, com isso, formou a maioria necessária para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Em um julgamento altamente esperado, Cármen Lúcia seguiu a linha dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que já haviam votado pela culpa de Bolsonaro, declarando que o ex-presidente teve papel crucial na trama golpista que visava manter seu poder, mesmo após sua derrota nas urnas.

Segundo informações do Portal Metrópoles, a ministra foi enfática em sua análise, destacando que o ataque de 8 de janeiro não pode ser visto como um episódio isolado. “O 8 de Janeiro não foi um acontecimento banal”, afirmou Cármen Lúcia, ao votar pela condenação dos réus por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A ministra, conhecida por sua postura firme e rigorosa, reforçou sua posição de defesa da democracia, destacando a gravidade dos crimes cometidos pelos réus, que incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Seu voto é visto como decisivo para consolidar a maior parte do colegiado em favor da condenação.

De acordo com especialistas, Cármen Lúcia já havia dado sinais claros de sua posição durante as fases iniciais do julgamento, inclusive em sua manifestação durante o recebimento da denúncia, quando criticou duramente os atos de janeiro de 2023. Ao votar agora pela condenação, a ministra reafirma seu compromisso com a preservação das instituições democráticas do país e a responsabilização daqueles que tentaram minar o Estado de Direito.

O julgamento segue com a análise dos votos de outros ministros, mas com a decisão de Cármen Lúcia, a condenação de Bolsonaro se torna quase certa. Já existe maioria pela culpa de dois réus – o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil –, mas o voto da ministra foi o que selou o destino do ex-presidente e dos outros envolvidos na tentativa de golpe.

Com isso, a Corte avança na responsabilização dos envolvidos em um dos maiores atentados à democracia brasileira nos últimos tempos, trazendo uma mensagem clara sobre a necessidade de preservar a integridade das instituições republicanas.

Por Paraíba Master

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