19 de setembro de 2025
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PF conclui que Carla Zambelli não adotou ações efetivas para coagir o STF

 PF conclui que Carla Zambelli não adotou ações efetivas para coagir o STF

Foto: reprodução

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A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (19) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não tomou medidas efetivas para coagir a Corte. A conclusão consta no relatório de investigação encaminhado ao ministro, que é relator do inquérito em que a parlamentar é investigada por coação no curso do processo e obstrução de investigação.

Segundo o Agência Brasil, o inquérito foi aberto em junho, após Zambelli fugir para a Itália com o objetivo de escapar da condenação imposta pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

Ao determinar a investigação, Moraes mencionou publicações feitas pela deputada nas redes sociais e afirmou que ela pretendia repetir o “mesmo modus operandi” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, para a prática de atos ilícitos.

Segundo a PF, entretanto, as falas da deputada não se concretizaram em ações práticas:

“Embora a intenção de frustrar a aplicação da lei penal tenha sido verbalizada, o comportamento de Carla Zambelli, salvo melhor juízo, não ultrapassou o campo da retórica, inexistindo prova de efetivo êxito na adoção de expedientes, contatos, articulações ou providências aptas a comprometer o regular andamento de ação penal”, diz o relatório.

Com isso, Moraes poderá arquivar o inquérito, solicitar novas diligências ou encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fuga e extradição

Condenada por ser apontada como autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ, Zambelli deixou o Brasil em maio, aproveitando-se de sua dupla cidadania. Segundo as investigações, ela teria encomendado a ação ao hacker Walter Delgatti, que confirmou a autoria do ataque e também foi condenado.

Antes de ser presa na Itália, Zambelli passou pelos Estados Unidos, onde fez publicações com críticas a Moraes.

Após sua fuga, o governo brasileiro solicitou a extradição da parlamentar. O pedido foi oficializado em 11 de junho por Moraes e enviado pelo Itamaraty ao governo italiano.

Por Paraíba Master

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