Governo reage a sanções dos EUA contra esposa de Alexandre de Moraes e fala em “agressão”

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O governo brasileiro manifestou-se oficialmente nesta segunda-feira (22) sobre a imposição da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o Brasil “não se curvará a mais essa agressão” e recebeu a medida com indignação. As informações são do Agência Brasil.
Segundo o comunicado, a sanção não terá êxito em “beneficiar aqueles que lideraram a tentativa frustrada de golpe de Estado, alguns dos quais já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal”.
“Em nova tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros, o governo norte-americano tentou justificar com inverdades a adoção da medida”, declarou o Itamaraty.
O ministério também acusou a gestão do presidente Donald Trump de politizar e desvirtuar a Lei Magnitsky, além de ofender o Brasil, “uma democracia que se defendeu, com êxito, de uma tentativa de golpe de Estado” e que mantém 201 anos de amizade diplomática com os Estados Unidos.
Sanções
Nesta segunda-feira, o governo norte-americano anunciou a inclusão de Viviane Barci de Moraes e do Instituto Lex, ligado à família do ministro, na lista de sanções da Lei Magnitsky. Desde 30 de julho, Alexandre de Moraes já havia sido alvo da mesma legislação. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA.
Entre as restrições previstas estão o bloqueio de bens e empresas nos Estados Unidos, além da proibição de entrada no país.
Contexto
A medida ocorre 11 dias após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Moraes foi o relator da ação penal. Segundo o Agência Brasil, Donald Trump, aliado político de Bolsonaro, tem utilizado a Lei Magnitsky e outros expedientes em retaliação a Moraes e demais ministros da Corte.
Por Paraíba Master