8 de novembro de 2025
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Proposta de Ruy Carneiro quer aumentar impostos para super-ricos e aliviar carga sobre classe média

 Proposta de Ruy Carneiro quer aumentar impostos para super-ricos e aliviar carga sobre classe média

Foto: Reprodução

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A discussão sobre justiça tributária voltou ao centro das atenções no Congresso Nacional com uma nova proposta apresentada pelo deputado federal Ruy Carneiro (PB). O parlamentar protocolou uma emenda ao Projeto de Lei nº 1.087/2025 que propõe o aumento da carga tributária sobre os chamados “super-ricos” — contribuintes com renda superior a R$ 1,2 milhão por ano, ou cerca de R$ 100 mil mensais.

O texto sugere a implementação de uma alíquota progressiva de Imposto de Renda que pode variar entre 10% e 30% para esse grupo de alto rendimento. A proposta busca reequilibrar o sistema tributário brasileiro, que, segundo o autor, penaliza proporcionalmente mais os trabalhadores e a classe média.

“O modelo atual é perverso com quem ganha menos. Precisamos de um sistema mais justo, onde quem pode contribuir mais, de fato, contribua mais”, argumenta Ruy Carneiro. Segundo ele, a proposta segue parâmetros adotados por países desenvolvidos, onde a tributação sobre os mais ricos chega a ultrapassar os 50%.

Para avançar na Câmara dos Deputados, a emenda precisa do apoio de pelo menos 103 parlamentares. Carneiro já está coletando assinaturas para viabilizar a tramitação.

Estudos do Ministério da Fazenda mostram que, atualmente, o 1% mais rico da população brasileira paga, em média, 4,2% de imposto sobre seus rendimentos, enquanto o grupo dos 0,01% mais ricos contribui com apenas 1,75%. Os números evidenciam uma distorção no sistema, que é sustentado majoritariamente por quem ganha menos.

A proposta complementa outra medida em andamento que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes com salário de até R$ 5 mil mensais, além de reduzir a carga para quem ganha até R$ 7 mil.

De acordo com Ruy Carneiro, o objetivo da iniciativa é corrigir desigualdades históricas, manter a previsibilidade econômica e garantir uma arrecadação mais justa. O teto de 30% proposto na emenda ainda seria inferior à média das alíquotas praticadas nos países da OCDE.

Por Paraíba Master

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