Após PEC da Blindagem, Congresso mira aumento do fundão eleitoral e reacende tensão com a sociedade

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Em meio às reações populares contrárias à recente PEC da Blindagem, que foi rejeitada no Senado, uma nova pauta começa a ganhar fôlego no Congresso Nacional: o aumento do fundo eleitoral para as eleições de 2026. A proposta, que integra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), está sob relatoria do deputado Gervásio Maia (PSB-PB) e pode ser votada nos próximos dias na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
A iniciativa prevê reajustar os valores do fundo com base na inflação e ampliar os recursos destinados aos partidos políticos. Em 2022 e 2024, o chamado “fundão” chegou à marca de R$ 4,9 bilhões. Agora, a expectativa é de que esse montante seja ainda maior, o que tem gerado forte resistência entre parlamentares e preocupação com a reação da sociedade.
Nos corredores do Congresso, o clima é de apreensão. Deputados temem que a proposta agrave ainda mais a crise de imagem do Legislativo diante da opinião pública. “Estão colocando a Câmara novamente em rota de colisão com a população”, disse, em caráter reservado, um integrante da base.
A movimentação parte de setores influentes do Centrão, que pressionam pela ampliação do financiamento público de campanha. No entanto, cresce também o número de parlamentares contrários à medida, inclusive entre os que costumam apoiar pautas do governo. O receio é de que um novo desgaste possa alimentar manifestações populares semelhantes às que ocorreram nas últimas semanas.
Analistas políticos apontam que a tentativa de elevar o fundo eleitoral em um momento de instabilidade institucional pode acirrar os ânimos nas ruas e comprometer ainda mais a imagem do Congresso às vésperas do ano eleitoral.
Por Paraíba Master