Conta de luz dispara e puxa inflação: Setembro tem maior alta em 6 meses
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A inflação oficial voltou a acelerar no Brasil em setembro, impulsionada principalmente pela alta expressiva no preço da energia elétrica residencial, que subiu mais de 10% no mês. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,48%, após ter registrado queda de 0,11% em agosto. É o maior avanço mensal desde março deste ano.
De acordo com informações da Reuters, reproduzidas pela CNN Brasil, a principal pressão inflacionária veio com o fim dos descontos do Bônus de Itaipu e a adoção da bandeira tarifária vermelha, que encareceu significativamente as contas de luz. No acumulado de 12 meses, o IPCA avançou para 5,17%, afastando-se ainda mais da meta de inflação estipulada pelo Banco Central.
Apesar da alta no setor de habitação, alimentos e bebidas contribuíram para conter a inflação, com uma nova queda nos preços da alimentação no domicílio. Produtos como tomate, cebola, alho e arroz tiveram forte recuo, o que ajudou a suavizar o impacto nos orçamentos das famílias. Foi o quarto mês seguido de queda nesse grupo.
Os preços dos combustíveis também voltaram a subir, especialmente o etanol e a gasolina, o que impediu uma redução mais significativa no grupo Transportes. Por outro lado, o índice de difusão, que mede o quanto a alta de preços está espalhada entre os produtos e serviços, caiu de 57% para 52%, sinalizando um arrefecimento em parte da pressão inflacionária.
O Banco Central, que mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, já indicou que deverá manter esse patamar por um longo período para controlar a inflação. A expectativa do mercado, segundo o Boletim Focus, é que o IPCA feche o ano em 4,80%, com a Selic estável até o fim de 2025.
Por Paraíba Master
