20 Casos de Câncer em um Único Prédio: Caso Misterioso na Paraíba Volta a Repercutir nas Redes

Foto: Krys Carneiro/G1
Um caso intrigante e que já foi alvo de investigação pelo Ministério Público da Paraíba voltou a ganhar destaque nas redes sociais e reacendeu o debate sobre os possíveis impactos ambientais de tecnologias de comunicação. Em um intervalo de apenas dois anos, vinte moradores de um mesmo edifício residencial foram diagnosticados com diferentes tipos de câncer, gerando preocupação entre especialistas e autoridades. O fato ocorreu em João Pessoa e chamou atenção pela concentração incomum de casos em uma área tão limitada.
De acordo com informações do Portal Correio, a suspeita inicial recaiu sobre as antenas de telefonia celular instaladas no topo do prédio, que possui mais de dez pavimentos e 117 apartamentos. O Ministério Público instaurou um procedimento investigativo em 2020 após denúncias dos próprios moradores, solicitando laudos técnicos, documentos e esclarecimentos das operadoras responsáveis pelas antenas. Apesar das preocupações, não há, até hoje, comprovação científica de que esse tipo de exposição esteja diretamente associado ao desenvolvimento de câncer.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que as antenas operam dentro dos limites estabelecidos por normas nacionais e internacionais, e que as empresas são obrigadas a realizar medições periódicas dos níveis de radiação. Especialistas ouvidos durante a apuração reforçaram que não existem evidências conclusivas ligando os campos eletromagnéticos das antenas à incidência de neoplasias. Mesmo assim, o episódio levantou questionamentos sobre os critérios para instalação desses equipamentos em áreas residenciais.
O tema voltou ao centro das discussões após o caso ser amplamente compartilhado nas redes sociais, muitas vezes sem o devido contexto temporal. Embora o episódio tenha ocorrido há alguns anos, ele continua sendo citado como exemplo de alerta para os possíveis impactos da convivência urbana com estruturas de telecomunicação, especialmente em espaços densamente habitados.
Apesar da comoção pública e da repercussão, o caso segue sem conclusão definitiva e permanece como ponto de partida para reflexões sobre transparência, segurança e saúde ambiental nos grandes centros urbanos.
Por Paraíba Master