10 de novembro de 2025
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Mercado mantém previsões de crescimento e inflação para 2025, aponta Boletim Focus

 Mercado mantém previsões de crescimento e inflação para 2025, aponta Boletim Focus

Marcello Casal JrAgência Brasil

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As projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil em 2025 permanecem estáveis, segundo a edição desta segunda-feira (10) do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).

A expectativa é de que a economia brasileira registre expansão de 2,16% neste ano. Para 2026, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,78%. Para os anos seguintes, o mercado projeta aumento de 1,88% em 2027 e de 2% em 2028.

No segundo trimestre de 2025, o PIB do país avançou 0,4%, impulsionado pelos setores de serviços e indústria. No ano passado, a economia brasileira havia crescido 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de alta e a maior expansão desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.

O dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 5,41, enquanto para o final de 2026 a projeção é de R$ 5,50.

Inflação

A previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 permanece em 4,55%. Para 2026, a estimativa é de 4,2%, e, em 2027 e 2028, de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

O número previsto para este ano ainda ultrapassa o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (limite superior de 4,5% e inferior de 1,5%).

Após uma queda em agosto, o IPCA subiu 0,48% em setembro, influenciado pelo aumento da conta de luz. Em 12 meses, a inflação acumula 5,17%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para conter a inflação e alcançar a meta, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Apesar da desaceleração da economia e da redução da inflação, a taxa foi mantida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que não descarta novos aumentos, caso seja necessário.

O BC ressaltou que o cenário externo permanece incerto, influenciado pela situação econômica e política nos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais. No Brasil, a autarquia reforçou que a inflação continua acima da meta, indicando que a Selic deve permanecer elevada por um período prolongado.

Analistas projetam que a taxa básica encerre 2025 nos 15% ao ano, caindo para 12,25% em 2026 e sendo reduzida gradualmente para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

A alta da Selic encarece o crédito e estimula a poupança, ajudando a controlar a inflação, mas pode frear o crescimento econômico. Por outro lado, reduções na taxa tendem a baratear o crédito, incentivar o consumo e a produção, mas pressionam os preços.

Por Paraíba Master

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