13 de novembro de 2025
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Lei que permite entrada de alimentos em eventos públicos na Paraíba enfrenta pressão por revogação

 Lei que permite entrada de alimentos em eventos públicos na Paraíba enfrenta pressão por revogação

Foto: Reprodução

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A lei aprovada pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), que autoriza o público a levar comidas e bebidas para shows, festas e outros eventos, pode ser revogada em breve. A medida, inicialmente celebrada pelos consumidores, passou a receber críticas de setores ligados ao turismo, produtores de eventos e autoridades sanitárias, que apontam impactos econômicos negativos e riscos à saúde e à segurança dos participantes.

O deputado Eduardo Carneiro, responsável pelo projeto que solicita a revogação da lei, destacou dificuldades práticas na aplicação da norma. “Existem riscos sanitários, queda na arrecadação e efeitos prejudiciais para a cadeia de eventos. Estamos avaliando se a melhor solução é revogar ou ajustar o projeto”, afirmou.

Produtores de eventos alertam que a entrada irrestrita de alimentos e bebidas pode prejudicar a realização de grandes shows, reduzir o público pagante e dificultar a manutenção de padrões de segurança e higiene nos locais.

Até o momento, a ALPB não definiu se a lei será revogada integralmente ou se passará por alterações específicas. Parlamentares e representantes do setor de eventos seguem discutindo os possíveis impactos da medida e alternativas para equilibrar interesses do público e da economia local.

Questionamentos sobre mudança de posição

A postura de Eduardo Carneiro gerou questionamentos. O deputado Taciano Diniz, autor da lei que permite a entrada de alimentos em eventos, lembrou que Carneiro havia aprovado a medida quando ela foi votada no plenário.

“Não sabia que o deputado Eduardo havia solicitado a revogação e desconheço os motivos. Mas ele mesmo votou a favor da lei na votação, que acompanhei integralmente”, declarou Taciano à CBN João Pessoa nesta quinta-feira (13).

Carneiro reconheceu a situação e admitiu não se recordar de sua presença na votação. “Provavelmente não estava em plenário. Em votações unânimes, só os presentes participam, e se eu tivesse lá, meu voto teria sido apenas um entre a maioria. Por isso, precisamos rediscutir o tema”, explicou.

Por Paraíba Master

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