4 de julho de 2025
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Mercado reduz projeção da inflação para 2024 pela quinta semana seguida, aponta Boletim Focus

 Mercado reduz projeção da inflação para 2024 pela quinta semana seguida, aponta Boletim Focus

Marcello Casal JrAgência Brasil

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Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir, pela quinta semana consecutiva, a projeção da inflação para 2024. A expectativa agora é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 5,20%, frente aos 5,24% estimados na semana anterior. Os dados constam na edição mais recente do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (30), e foram repercutidos pelo portal CNN Brasil.

Apesar da nova retração na projeção para este ano, a estimativa para 2026 foi mantida em 4,50%. O centro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A revisão nas expectativas ocorre na esteira da divulgação do IPCA-15 de junho, que apontou avanço de 0,26%, abaixo da projeção de 0,30% feita por analistas consultados pela Reuters. No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA-15 registra alta de 5,27%, desacelerando frente aos 5,40% observados em maio.

Além da inflação, o Boletim Focus trouxe revisões para o crescimento da economia. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi elevada de 1,85% para 1,87%. Para 2026, a expectativa de expansão econômica permaneceu em 2,21%.

A pesquisa semanal, que ouve mais de uma centena de economistas, também não trouxe alterações na projeção da taxa Selic — atualmente em 15,00% ao ano. A mediana das expectativas aponta que a taxa deve encerrar 2025 nesse mesmo patamar, com previsão de recuo para 12,50% até o fim de 2026. Essa é a 22ª semana seguida sem mudança nessas estimativas.

No câmbio, o mercado ajustou levemente para baixo as projeções para o dólar. A expectativa para o fim de 2025 caiu de R$ 5,72 para R$ 5,70, e para 2026, de R$ 5,80 para R$ 5,79. A moeda norte-americana acumula desvalorização de 11,2% frente ao real em 2024, em meio a ajustes de mercado e incertezas relacionadas à política de juros dos Estados Unidos.

Por Paraíba Master

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