‘Quando não acha a resposta, inventa’; entenda porque IA ainda é um risco para humanidade
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A professora Dora Kaufman, especialista em inteligência artificial, destacou em entrevista que, embora a IA traga ganhos de eficiência e ajude no combate às mudanças climáticas, seu uso intensivo consome muita energia e água, o que gera impactos negativos ao meio ambiente, e complicações para a humanidade em geral.
Segundo ela, a relação é paradoxal: a IA contribui com análises e projeções mais precisas, otimizando ações sustentáveis, mas ao mesmo tempo exige grande demanda energética para funcionar. Kaufman defende investimentos em fontes renováveis e lembra que o Brasil tem vantagem por sua matriz energética mais limpa.
Kaufman explicou que a inteligência artificial gera respostas com base em padrões, e que a precisão das informações está diretamente ligada à popularidade do tema pesquisado.
“Quando a IA não acha a resposta, ele inventa aleatoriamente, mas segue um padrão. Por exemplo: se fizer uma pesquisa sobre uma grande personalidade, como o papa, ela terá resposta mais assertiva, porque depende do volume de informação da pessoa na internet para fazer a correlação”.
A professora Dora Kaufman afirmou que a inteligência artificial representa um risco à democracia, citando estudos que indicam que entre 60% e 80% dos dados na internet são sintéticos. Segundo ela, a IA é treinada com informações muitas vezes distorcidas, o que compromete a confiança — base essencial de regimes democráticos.
Por Paraíba Master
