4 de julho de 2025
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Deflação ao produtor se intensifica no mês de maio e atinge maior recuo desde junho de 2023, aponta IBGE

 Deflação ao produtor se intensifica no mês de maio e atinge maior recuo desde junho de 2023, aponta IBGE

Foto: Reprodução

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O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou uma queda de 1,29% em maio, marcando a maior deflação mensal desde junho de 2023 e consolidando a quarta retração consecutiva. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam uma desaceleração generalizada dos preços na indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, o resultado de maio sucede um recuo de 0,12% em abril, interrompendo uma sequência anterior de 12 altas mensais. Apesar das quedas recentes, o IPP ainda acumula uma variação positiva de 5,78% nos últimos 12 meses.

Segundo Murilo Alvim, gerente da pesquisa no IBGE, dois fatores principais explicam o comportamento dos preços: a redução no valor de diversas commodities e a valorização do real frente ao dólar. “A queda nas commodities reduz o custo de produção ao longo de toda a cadeia industrial, enquanto a desvalorização do dólar impacta diretamente os setores que comercializam produtos em moeda estrangeira”, explicou Alvim, em entrevista destacada pelo portal CNN Brasil.

Das 24 atividades analisadas no índice, 17 registraram queda nos preços. Os principais impactos negativos vieram dos setores de alimentos (-0,34 ponto percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 p.p.), produtos químicos (-0,26 p.p.) e metalurgia (-0,23 p.p.).

O setor de alimentos, que havia registrado alta de 1,52% em abril, teve recuo de 1,33% em maio. A queda foi influenciada pela maior oferta de commodities como cana-de-açúcar e soja, em pleno período de safra, o que ajudou a puxar os preços para baixo.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários apresentaram a maior retração (-2,37%). Já os bens de capital caíram 0,02%, enquanto os bens de consumo permaneceram estáveis no mês.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na porta das fábricas — ou seja, sem considerar impostos, fretes ou margens de distribuição — e abrange indústrias extrativas e de transformação.

Por Paraíba Master

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