Dólar fecha acima de R$ 5,55 em meio a tensões comerciais, mas acumula queda na semana

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Em mais um dia marcado por incertezas em relação à política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar comercial voltou a subir e fechou esta sexta-feira (25) cotado a R$ 5,561, com alta de R$ 0,041 (+0,75%). Apesar do avanço diário, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,45% na semana.
Durante a manhã, a cotação operou próxima da estabilidade, mas disparou no período da tarde, acompanhando o movimento global de valorização do dólar. Por volta das 12h40, a moeda atingiu a máxima do dia, sendo vendida a R$ 5,57.
Ainda de acordo com a Agência Brasil, mesmo com a alta desta sexta, esta foi a primeira queda semanal do dólar desde o anúncio do novo tarifaço do governo Trump sobre produtos brasileiros. De acordo com o Agência Brasil, em julho, a divisa acumula alta de 2,34%, mas, no acumulado de 2025, ainda registra queda de 9,98%.
No mercado de ações, o clima também foi de cautela. O Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,21% no dia, encerrando aos 133.524 pontos. Apesar da baixa nesta sexta, o índice teve leve alta semanal de 0,11%, mas segue em queda de 3,84% no mês.
A valorização do dólar globalmente foi impulsionada pela confirmação de um encontro no próximo domingo (27) entre a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Trump. Von der Leyen afirmou que há 50% de chances de se chegar a um acordo, enquanto Trump reconheceu que ainda existem pontos de tensão a serem resolvidos.
Além do impasse tarifário, o mercado brasileiro também reagiu à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que ficou em 0,33% em julho, pressionado principalmente pelo aumento nas tarifas de energia elétrica. O dado acima do esperado reduziu as apostas de que o Banco Central inicie um ciclo de corte de juros ainda em 2025, o que tende a desestimular a renda variável e a impulsionar a migração de investimentos para a renda fixa.
Por Paraíba Master