Gilmar Mendes reage a sanções dos EUA e sai em defesa de Alexandre de Moraes
- 31 de julho de 2025

Foto: Reprodução
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, manifestou solidariedade ao colega Alexandre de Moraes após as sanções impostas pelos Estados Unidos, destacando o papel decisivo do magistrado na defesa da democracia brasileira.
Em publicação nas redes sociais, na noite desta quarta-feira (30), Gilmar classificou os ataques contra Moraes como “injustos” e ressaltou a importância da atuação do relator em investigações que apuram crimes graves, incluindo a tentativa de golpe de Estado, a elaboração de planos para assassinar autoridades e a tentativa de anular o resultado das eleições de 2022.
“Declaro meu integral apoio ao ministro Alexandre de Moraes. Ele tem conduzido processos delicados com coragem, enfrentando ameaças reais à ordem democrática do país”, escreveu.
Gilmar Mendes também afirmou que o STF não se deixará intimidar por pressões externas. “A independência do Judiciário brasileiro é inegociável. O Supremo seguirá firme em sua missão constitucional”, completou.
Sanções internacionais
As declarações ocorrem um dia após o governo norte-americano anunciar sanções contra Moraes, com base na Lei Global Magnitsky — legislação usada pelos EUA para punir autoridades estrangeiras acusadas de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, usou as redes sociais para justificar a medida e afirmou que a decisão serve como um “alerta” a outras autoridades. “As togas judiciais não os protegerão”, declarou.
Segundo especialistas, as consequências práticas das sanções são limitadas, já que Moraes não possui patrimônio nos Estados Unidos, tampouco costuma viajar ao país. No entanto, a medida acirra a tensão diplomática entre os dois governos.
Apoio dentro da Corte
O ministro Flávio Dino também se posicionou publicamente em defesa de Moraes, destacando que as decisões do colega seguem rigorosamente os preceitos legais e são validadas pelo plenário ou pelas turmas do Supremo. “Ele atua com honestidade e respeito à Constituição”, disse.
Em nota oficial, o STF reiterou que todas as medidas adotadas pelo relator foram apreciadas e confirmadas pelo colegiado. O tribunal reforçou ainda que seguirá cumprindo seu papel institucional, assegurando o devido processo legal a todos os envolvidos.
A crise envolvendo o STF e os EUA se intensifica em um momento de sensibilidade política, com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro previsto para setembro e um cenário internacional cada vez mais volátil.